quarta-feira, 11 de maio de 2011


Comecei a pensar naqueles filmes românticos que tanto invejava. Onde, depois de pratos quebrados e músicas tristes, o casal se entendia e prometiam que passariam o resto de suas vidas juntos. Como se um baile usando um vestido deslumbrante (que alguém mais velha do que você sempre tem guardado, e cabe perfeitamente no seu corpo), seguido por um beijo na chuva, fossem a solução de todos os problemas amorosos. Sonhava quase desesperadamente à ter uma história como aquelas. Queria acreditar que, em uma viagem qualquer para pensar sobre a vida, eu conheceria a pessoa certa, que me dissesse às coisas certas e me fizesse sentir perfeita. Mas aí vejo que não é isso o que quero. Não quero me sentir perfeita. Não quero que pensem que sou algo que não sou. O que preciso é de alguém que saiba todos os meus defeitos, minhas manias e dramas, e que me ame apesar disso. Eu não quero um amor de cinema, que acaba quando os créditos sobem, e fica na memória como algo criado pela imaginação, porque nada pode ser tão parecido com um sonho. Porque amores-sonhos, nunca são reais. E é exatamente disso - uma boa dose de realidade - que minha vida precisa.

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