As pessoas tornaram-se meras imagens ilustrativas - como quadros surrealistas - em meus dias. Imagens que falam e andam. Imagens que julgam, mas tudo o que dizem não valem nada para mim. Parei de sair, pois as imagens me cansam. Também não me socializo, elas não me interessam. A companhia de todas as horas se tornaram meus livros, minhas músicas e minhas coisas. Tudo o que passou a importar sou eu. As imagens dizem que sou apenas uma alma egoísta que precisa se recuperar e ver a vida de novas formas. Mas elas não sabem que isso já ocorreu. Foram elas, as imagens, que me mudaram e me fez ver o que antes eram pessoas, como telas cheias de desenhos sinistros. O engraçado é saber que, para elas, a imagem assustadora sou eu, quando foram elas que me transformaram nisso que sou - uma tela vazia.
Apaixonada pelos meus amigos, amo ouvir as pessoas mas também gosto de falar, pensativa talvez até demais, louca por música. É, não gosto de me definir. Apenas uma adolescente talvez fora dos padrões que foram impostos, paraibana, não muito boa com palavras, e é só.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
As pessoas tornaram-se meras imagens ilustrativas - como quadros surrealistas - em meus dias. Imagens que falam e andam. Imagens que julgam, mas tudo o que dizem não valem nada para mim. Parei de sair, pois as imagens me cansam. Também não me socializo, elas não me interessam. A companhia de todas as horas se tornaram meus livros, minhas músicas e minhas coisas. Tudo o que passou a importar sou eu. As imagens dizem que sou apenas uma alma egoísta que precisa se recuperar e ver a vida de novas formas. Mas elas não sabem que isso já ocorreu. Foram elas, as imagens, que me mudaram e me fez ver o que antes eram pessoas, como telas cheias de desenhos sinistros. O engraçado é saber que, para elas, a imagem assustadora sou eu, quando foram elas que me transformaram nisso que sou - uma tela vazia.
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