segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ele: Você sempre me ligava, lembra? E eu sempre reclamava, besteira minha, aquela mania ridícula de pensar que sempre vai ser do nosso jeito, a mania de ter tudo e não dar valor a nada… eu sei que você se lembra. Por mais que diga que está feliz nos braços de outro alguém, toda vez que escutar nossa música, algo irá balançar aí dentro de ti… e então lembrará de nossas brincadeiras, nem que seja por um segundo, você vai lembrar. A vida é uma merda, sabia? Melhor: eu sou um merda. É. Eu sou um merda completo, um filho da puta sem noção que precisei perder pra dar valor. Por quê sempre é assim? Por quê tudo parece mais colorido quando está com você e mesmo assim existe uma venda… que impede de você enxergar? Você vivia me enchendo de mensagens, e eu to cansando de acordar no meio da noite, ouvindo meu celular e indo correr, com a esperança de ser você… mas não é. Porque você se cansou de esperar atitude de quem não tem, você cansou de ter as mesmas respostas, você cansou das minhas atitudes infantis… e sabe do que mais? Eu não te culpo por nada. O pior que pode acontecer na vida de alguém, é ter algo, não dar valor, perder e ter que admitir pra sí mesmo que ninguém é mais culpado do que você próprio por ter perdido a razão do teu sorriso. E eu? Eu me culpo por isso, me culpo sem dó, sem pena, a vontade que tenho é de me bater… bater até sangrar, ou melhor: deixar você me bater, por ter feito você chorar tanto, e não merecer nenhuma lágrima tua. E o que me restou? Foi dizer isso.. e não ter coragem de te ligar, por isso eu estou dizendo aqui, agora… e eu sei que não vou ouvir a campainha tocar ou você dizer do outro lado do telefone “Ei, eu te amo…” eu sei que isso não vai acontecer. Não que você não me ame, eu sou besta o suficiente pra acreditar que ainda sim… mas você não faria isso, sabe porque? Porque você tem amor próprio, e eu admiro isso em você. Sempre admirei. Mas eu te amo… eu te amo demais, e eu não vou deixar de dizer isso, ou de sentir…” 

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