quarta-feira, 7 de setembro de 2011


Já passa da meia noite, eu estou enrolada no meu cobertor xadrez, com uma xícara de café ao lado e uma trilha sonora que me deixa ainda mais para baixo. Sua janela está aberta, ainda conversamos, mas parece que há algo entre nós, maior que a distância… Eu não sei explicar, mas a gente se perdeu de repente. Até outro dia você era meu, e era isso que eu sabia. E da noite para o dia, não nos entendíamos mais. Foram aparecendo outras pessoas na sua vida e eu fui ficando para trás. Mas eu sempre acabo voltando para sua vida, nem que seja num papel coadjuvante ou tentando te fazer ciúmes.
Existem tantas coisas que eu gostaria de te dizer, como a maneira como você conseguiu me fazer pensar em casamento… Sim, você conseguiu. Nunca quis casar, sempre achei a coisa mais brega, mas com você eu imaginei cada detalhe, ensaiei até a cara que faria na hora do “sim”, com uma hesitação para te deixar nervoso… E até filhos que teríamos. Imaginei nossa casinha, com uma cozinha imensa, para você e para mim. Onde tudo caberia inclusive nossas brigas, nosso amor, nossas falhas.
Acordei triste hoje, porque há algumas semanas eu tenho voltado a ter esses sonhos, e tem doído tanto, de uma maneira tão grande, mal consigo olhar para a tela. Fico mais fria, quero me distanciar e é isso que estou fazendo… Distanciando-me dos meus sentimentos.
Eu sei que você já esqueceu, me tem em sua vida como uma lembrança deixada na estante. Mas machuca tanto o fato de eu não conseguir te esquecer e de você nem notar isso.

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