terça-feira, 15 de novembro de 2011

“ Dê-me a deus. Estou indo embora, pra nunca mais voltar. Partirei deixando para trás aquela vida de melancolia e sofrimento. Demorei muito tempo para perceber que de ti nunca brotarias um amor recíproco, que por mais que eu tentasse, eu ainda continuaria te amando sozinho. Eu não desisto fácil, quero que compreendas isso. Eu só cansei de ser só mais um mero figurante na sua vida. Cansei de trocar às fronhas do travesseiro toda a vez que se lembrava de ti e caia logo em seguida em prantos. Cansei desta vida de amargura. Ponha-se em meu lugar, não é tão fácil como parece tentar sair da vida de alguém que na verdade nunca esteve presente.  Não me chames de fraco, pois não sou nem um pouco, devido esse desfecho que estamos – eu, vivendo. Tu não achas que posso me considerar um gigante? Um gigante sim senhor. Um gigante que se contenta- contentava, com o pouco? Com o mínimo do mínimo de atenção possível que me dera? Um gigante que engolia todos os dias sapos só para te ver sorrir? Sim, com toda a certeza hoje, eu posso me considerar um gigante, daqueles bem fortões.  [..] Mas esses dias de lamentações e desprezo vão ter um fim que merece. Eu sei, você pode dizer que não, mas você vai se lembrar de mim, eu sei que vai. Diga-me, quem vai tentar te fazer sorrir quando o mundo desabar sobre as suas costas? Quem vai te abraçar quando tu precisar de abrigo? Quem prefere a sua companhia a ser rodeados por amigos? Diga-me, quem faria isso tudo por você? Contente-se agora com a sua solidão meu caro. Procure outro idiota para preencher a minha antiga e infeliz vaga. A partir de hoje to indo viver a minha vida – to indo me amar.” 

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