sexta-feira, 25 de novembro de 2011


E olha você aí, chorando, sofrendo e eu não podendo fazer nada. Dói, não dói? Eu sei que dói. Eu queria estar aí te abraçando e dizendo ‘vai passar’, mesmo a gente sabendo que não vai passar porra nenhuma, mas a gente ia fazer diminuir. Eu ia te divertir com outras coisas, tipo guerra de pipoca, porque eu sei que você não gosta de pipoca, então não ia servir pra comer mesmo, né? Ou então a gente podia ligar a máquina de lavar, colocar um monte de sabão e inundar a casa, fazendo com que a espuma se espalhasse por toda a área de serviço. Depois a gente ia fazer pizza. Eu estaria com a tua camisa, porque a minha estaria molhada, por causa da guerrinha que a gente fez na espuma. Aí depois a gente ia ver um filme, comendo cookies, aqueles que a gente deixou assando enquanto brincava com a pipoca e com a espuma. Depois, que tal se a gente fosse dar uma volta por aí? Pra lugar nenhum, só pra esquecer um pouco do que nos faz mal. Na volta, a gente poderia passar na padaria e comprar sorvete. Ou então, procurar a luz colorida que tu quer colocar no teu quarto. Aí a gente coloca escondido, sem a tua mãe ver. Ah, também tem as pastilhas coloridas de banheiro. A gente pode procurar, se você ainda quiser. Quando a gente voltar pra casa, que tal se colocarmos aquela tua música preferida e começarmos a cantar que nem dois doidos? Ou então aquele cd que tu achou no carro, só com música bizarra, que a gente sabe todas as letras. Pode ser esse também, acho que vai ser mais divertido. Depois eu posso tentar te contar todas as vezes que você me fez sorrir. E isso vai demorar, porque não foram poucas. Aí eu te mostro como em tão pouco tempo, você se tornou especial. Eu te conto o quanto eu odeio quando eu tô puta contigo e tu me faz sorrir, porque não era pra eu sorrir nesse momento, mas você consegue. Te conto o quanto eu odeio quando você mente pra mim, e que eu odeio mais ainda gostar mais de você a cada vez que tu faz isso. Depois eu posso te dizer com toda a minha certeza que você será um ótimo pai, mesmo se molhando todo para pegar a porcaria de um peixinho pra duas crianças verem. Depois a gente pode fazer piadas infames com nome de peixes. Aí que tal se você começar a falar todos os apelidos que tu me chama? Porque eu adoro isso. Cada dia é um adjetivo diferente que me faz sorrir. Depois eu te digo o quanto tu fica fofo quando age que nem criança e te conto todos os micos que eu já paguei, só pra te ver sorrindo. Depois a gente pode comer mais, né? Eu te levo pra comer subway, aposto que tu vai amar esse sanduíche. Depois eu te mostro como eu não tenho classe comendo alface. Aí então eu posso te falar da minha coleção de all star, ou então a gente pode fazer um concurso de caretas, que tal? Depois eu te digo mais uma vez que eu estarei com você pra tudo o que tu precisar e que você pode me chamar sempre que você quiser uma amiga. Eu sei que você vai pensar em outras pessoas antes, mas eu fico feliz em saber que eu posso ser uma das opções, caso as outras não estejam disponíveis, e que eu estarei disposta a te fazer sorrir como se eu fosse a primeira. Ah, sabe, tem tantas coisas que a gente pode fazer, muitas mesmo, que vamos descobrindo durante a convivência. Mas tem uma coisa que é obrigatória no nosso dia, um abraço. Aquele abraço que você esmaga a outra pessoa e depois sorri. Aquele abraço que mesmo distante, ainda tem o mesmo efeito. E aí, o que você me diz?

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