sexta-feira, 25 de novembro de 2011


Ela se sentia segura com ele. Ela, mesmo depois de tanto tempo, ainda morria de vergonha. Ela sorria e olhava para baixo, tímida, sempre. Mas tinha a curiosidade de saber o jeito que ele a olhava quando ela fazia isso. Aquela coisa de deitar a cabeça no travesseiro e imaginar falas, momentos, situações, ela fazia isso. Depois ela virava para o lado e fazia de tudo para tirar ele da cabeça, sabendo que a tentativa seria em vão, pois eles sempre se encontravam em sonhos. Era difícil quando ele tinha um tempo só pra ela. Ele era popular, meigo, gentil, fazia o tipo de muitas outras, mas ainda sim ela insistia em chamar ele de meu. Ela ria de si mesma quando se pegava fazendo essas coisas. Mas quando ele realmente passava um tempo com ela, nem que fosse só um tempinho, já valia o dia. Porque tanto fazia se era um minuto ou dez horas, ele sabia exatamente como fazer aparecer um sorriso nos lábios dela. Ele a entendia com um olhar, coisas que ela mesmo duvidava estar passando, e talvez fosse isso uma das coisas que ela mais amava. Ela não precisava explicar, ele entendia e fazia o que quer que fosse para ajudar. Ela não tinha medo de derramar uma lágrima perto dele. Os sorrisos mais sinceros, eram para ele. Os momentos juntos pareciam ser sempre tão rápidos, mas ela ficava relembrando tudo depois, desejando que durasse mais tempo. Ela agradecia, todos os dias, por tê-lo em sua vida. Eles eram de mundos completamente diferentes, mas quando se juntavam, construíam um só deles. Ela era assim, dele. Ela sorria, arrumava o cabelo, sorria novamente, mordia o lábio, olhava para baixo, tímida, sorrindo, enquanto escutava ele sussurrando: sua boba. Aí os dois riam. O riso mais verdadeiro que pode existir.

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