sexta-feira, 25 de novembro de 2011


Eu queria olhar para a janela, chamar teu nome e te encontrar na porta da minha casa em menos de um minuto. Era para você ser meu vizinho. A gente ia se divertir tanto. Nos dias que eu tô mal, era só abrir a porta, te ver sorrindo e melhoraria tudo. Nos dias que você está mal, a mesma coisa, eu estaria aqui pra você, para qualquer coisa. Na minha casa você encontraria as coisas que faltam na tua. Sempre que você quisesse, era só me chamar e pedir. Nossos pais iam ser amigos. A gente ia ter a maluca ideia de derrubar o muro que nos separava. Mesmo tão perto, eu morria de saudade. A gente ia sair pela rua de mãos dadas, sorrindo, que nem dois babacas. Porque nós seríamos dois babacas, só eu e você, no nosso mundo de melhores vizinhos. Você ia me espiar pelo espaço que a cortina não cobria e eu faria o mesmo. Depois a gente ficaria rindo um do outro. Eu seria a tua princesa e você, meu príncipe. A gente ia se amar mais que tudo, mas ia ser um amor de vizinhos. A gente ia fazer tudo juntos, mas como vizinhos. Iam nos chamar de namorados, mas a gente riria da situação. Faríamos guerra de sorvete, sairíamos de casa só para tomar chuva. Sempre iríamos adiar a hora da despedida, onde cada um ia em direção ao seu próprio portão. Faríamos isso repetidas vezes, nunca conseguimos de primeira. A gente até ia, mas era só olhar para trás, sorrir e voltar correndo para um último abraço, que nunca era o último, porque nossos abraços seriam infinitos. Não existiriam mais dias de carência, porque a gente sempre teria um ao outro.

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