sexta-feira, 25 de novembro de 2011


“Saudades. Daquele tempo em que eu ainda era criança, e ainda não sofria por amor. Saudades daquele tempo em que o meu único sofrimento era quando eu caia e ralava os meus joelhos… Que a minha única dúvida era em que cor eu pintaria os meus desenhos. Saudades. Do tempo em que eu ouvia a palavra amor, e não entendi muito bem o que era esse sentimento, não entendi muito bem o que ele causava nas pessoas. Saudades do tempo em que eu não chorava no silêncio da noite, e nada ocupava tanto á minha mente. Saudades. De quando eu podia dormir em paz, e nada atormentava os meus pensamentos. Saudades; Da época em que eu só sentia medo de mostros debaixo da minha cama, não de perder alguém pra outra pessoa. Eu sinto saudades de quando eu não me decepcionava tanto com as pessoas. De quando eu só chorava quando minha mãe não deixava eu assistir mais a TV, porque já estava tarde demais. Só dá uma saudade de quando eu não chorava no chão do banheiro… Por um amor não correspondido. De quando eu não me importava tanto com as pessoas que não se importam comigo… Saudades de quando eu podia sorrir verdadeiramente, sem ter que ficar fingindo. Saudades; Do tempo em que tudo pra mim era alegria. Só tô sentindo uma saudade do meu coração. De quando ele estava inteiro, não assim, despedaçado.”

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