sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


”Andava mal humorada. Não é que ela era pessimista, ou sem vontade de viver. Ela só não estava com um bom humor. Não queria mais desperdiçar sorrisos, preferia deixá-los guardados. Quem sabe assim, com os sorrisos escondidinhos, ela poderia sorrir por dentro? Não queria mentir, dizendo que “o dia está ótimo, minha vida está ótima, eu estou muito bem”. Porque, na verdade, tudo estava desmoronando. Estava tudo transbordando. Como um vazamento. Um vazamento em todos os lugares. Mas ninguém percebia isso. Só ela. E ela, bem, sofria: só fria.” 

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