sexta-feira, 16 de dezembro de 2011


Eles nunca se entenderam. Na maior parte do tempo, eram confusos quando o assunto era amor. Brigavam dia e noite, pelos mesmos motivos fúteis e sem importância. As ideias não batiam, os desejos não se completavam. Desde o primeiro momento, ninguém botou fé no relacionamento dos dois. “Não irá durar por muito tempo”, gostavam de repetir. Então seguiam, aos trancos e barrancos! Com dramas, brincadeiras de mal gosto e malícias à meia noite. E a cada amanhecer, era uma nova discussão. Mas apesar de tudo, tinham aquela necessidade. Uma dependência que não gostavam de admitir. O medo era a palavra que os resumia melhor. Pra eles, o “eu te amo” era melhor sub-entendido e o “preciso de você” nunca era dito, por receio do que aconteceria se um não precisasse do outro de verdade. 

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