sábado, 17 de dezembro de 2011


Eu deito na cama, respiro fundo e penso duas vezes: “O que mais pode estar errado aqui? Além da minha cabeça… é claro.” Eu ouço sua voz o tempo inteiro, vejo seu rosto. Eu choro devagar, respiro fundo. Minha garganta dói. Eu ainda ouço sua respiração ao longo das lágrimas e nada, nada, nada faz parar de doer. Eu engulo o medo, por precaução, cuidado, egoísmo ou angústia da saudade mesmo. Eu evito dizer seu nome, evito pensar, mas vez ou outra me pego escrevendo seu nome em uma folha rabiscada no final do meu caderno. Seu nome na minha agenda é o mais visto, o mais gravado. Eu ainda guardo suas mensagens, eu ainda sorrio ao ler o“meu amor”, “meu bebê”, “minha pequena”, “minha irritadinha”Eu fico me envolvendo nas minhas próprias lembranças. Eu fico chorando a meia hora, meio termo. Eu mordo os lábios, prendo a respiração. Minha garganta dói e meus olhos quase não vêem quando imagino você fora de tudo… fora dos meus pensamentos. Da minha vida. Já doeu uma vez, duas e vai doer de novo. Todo dia, o tempo inteiro, enquanto eu respirar. Porque eu vi que era amor, eu senti, eu vivi. Intensamente, sem falsa verdade, sem falsa mágoa, sem mentira. Da nostalgia eu só quero distância, porque quero sua presença. Perto, dentro, ao lado. Eu quero você, como a única fonte de sorriso, a única fonte de vida. E ainda será você quem vai me tirar uma alegria do meu rosto ao dizer: “Que teimosa.” E sabe qual é a melhor parte? Eu não vou deixar de amar você. Então eu não me importo que doa assim todos os dias, eu não me importo em deitar no chão do quarto, em me lembrar da ausência do frio quando enquanto ouvia sua voz. Me pego desajeitada ao tentar sorrir sem você. Me pego boba, meio distraída ao ler frases de amor. Me imagino ainda deitada no espaço mais vazio da sua cama, ao seu lado. Entrelaçando meus dedos em seus cabelos e dizendo o quanto eu amo o tom da sua voz. Se eu continuar me alimentando somente dos sonhos, dos nossos planos e das minhas lembranças, talvez eu ainda consiga levantar da cama todos os dias e cumprir minhas promessas. Nossas promessas… aquelas quais sempre irão existir. Pego-me sorrindo ao imaginar seu abraço, esperar sua presença, imaginar o doce gosto do seu beijo. Mas se der tudo errado, meu amor, se as lembranças nos consumirem, se a saudade engasgar no peito, se a dor for insuportável… vem deitar no meu colo por uma noite. Eu acredito em você todas as vezes em que você promete que ainda vai parar doer.

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