sábado, 17 de dezembro de 2011


Eu poderia escrever um texto cheio de palavras clichês, te pedindo para voltar, lembrando de como eramos felizes e dizendo o quanto eu te amo. Mas não vou, e sabe porque? Porque eu cresci, porque mudei. Porém, não nego as noites que passei em claro tentando entender os erros que nós cometemos, me perguntando se tudo voltaria, e principalmente me corroendo em um mar de lembranças. Ah, essas lembranças! Tão assustadoras, e ao mesmo tempo tão confortáveis. E quanto tempo eu vivi delas, vivi das esperanças falsas que me dava, dos sorrisos que me roubava.. Vivi de restos que você deixou em mim, e de mim. Quanto tempo isso foi a minha rotina, pequena. Enfim, de nada vale eu lhe dizer tudo isso, tu não conseguira entender nada do que se passava aqui, nem por um segundo sequer. E agora, reparaste na forma em que as coisas mudaram? Reparaste na falta de ti em mim? Não me leve a mal, não tento apontar os teus erros, muito pelo contrario, acho que se não fosse estes tais erros que tanto me atormentaram, eu não estaria aonde estou hoje. Escrevendo para ti pela ultima vez. Pois é pequena, lembra de quando tudo o que eu conseguia te dizer é de como as coisas mudaram? E lembra de como eu me referia a elas de um modo assustador, e doloroso? Não estava errado ao dizer que elas realmente são assustadoras, porém, errei quando disse da dor que elas traziam. Ah, que engano o meu! Olhe só para mim agora, um cara que aprendeu que quando as coisas mudam, o melhor a se fazer é mudar com elas. E sim, minha pequena, eu mudei. Percebes isso agora? Que sim, tudo muda, inclusive nós? Sim, é claro que percebe, nós somos provas disso. Tudo muda mesmo, mais sabe o que nunca mudará? As lembranças que ficaste. Porém, lembranças que hoje já não me atormentara mais, e que apenas serão guardadas em um espaço desse peito que um dia chorou pelo teu amor. Apenas guardadas, e sabe porque? Porque o tempo passou, e eu cresci, minha pequena.

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