domingo, 11 de dezembro de 2011


Falavam todos das mesmas coisas, sempre. Aquela velha solidão, a falta de amor, a ausência de palavras doces e pessoas queridas. Tinha também aquele velho vazio. Aquela vontade de não acordar, ou permanecer na cama o dia inteiro. Já tive dias chuvosos mais felizes que esses tempos. Onde até o cinza podia forjar sorrisos. Ultimamente, as cores andam no tom errado. Poderia até dizer que o Sol tem um brilho de deboche, mas não ouso. Uma ânsia de achar sabe se lá o quê. Algo que preenchesse. Preenchesse o que? O vazio. Mas vazio de quê? Só diziam “falta alguma coisa”. A questão é que sempre falta, se tudo fosse todo, se a vida fosse completa não haveria muito sentido para… para nada. Sinto em dizer, mas sempre estará faltando algo. É aquele vazio que faz você correr atrás de algo, ou ficar deitado, na cama, o dia inteiro reclamando da falta de sabe se lá o quê, que incomoda no peito.

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