Frio assustador esse que vem de dentro. Por fora sou tão simples, complicada internamente. Sou zero ou um milhão. E foi nisso que me descobri tão intensa. Logo eu, tão vazia, sou capaz de deixar tantas coisas me adentrarem. Eternamente insatisfeita. Levando a vida sempre adiando a felicidade. Medo de virar gente grande. Medo de falar com pessoas por conveniência, de fingir ter certa opinião para não perder algo. De não ser eu mesma, de ser só mais um hipócrita no meio da multidão. De perder a minha essência. Mas eu não consigo. Não consigo dar dois beijinhos revirando os olhos. E não suporto quem o faz. É por isso que me congelei na solidão, o mundo está abarrotado de falsidade. Não quis fechar os olhos para o lado ruim das pessoas. Amadureci cedo demais. Enxerguei as coisas da vida primeiro. Aprendi nos erros dos meu pais. Refleti em excesso. Fiz amizades sempre com pessoas mais velhas que eu. Pessoas que viveram experiências e cometeram erros antes que eu o fizesse. E acabei não vivendo experiência alguma. Acabei errando tão pouco. Por já saber o que era errado. Agora fiquei com essa sede, sede de viver o que não vivi. Viver o que todos já viveram, o que todos contam aos risos quando aprenderam. Viver o que aprendi só ouvindo. O tempo me fez mudar de um jeito meio desagradável. Amadurecer demais em pouco tempo é devastador, dói um pouco. Uma dor interna que não pode jamais ser transmitida. É incompreensível para quem está do lado de fora.
Apaixonada pelos meus amigos, amo ouvir as pessoas mas também gosto de falar, pensativa talvez até demais, louca por música. É, não gosto de me definir. Apenas uma adolescente talvez fora dos padrões que foram impostos, paraibana, não muito boa com palavras, e é só.
sábado, 10 de dezembro de 2011
Frio assustador esse que vem de dentro. Por fora sou tão simples, complicada internamente. Sou zero ou um milhão. E foi nisso que me descobri tão intensa. Logo eu, tão vazia, sou capaz de deixar tantas coisas me adentrarem. Eternamente insatisfeita. Levando a vida sempre adiando a felicidade. Medo de virar gente grande. Medo de falar com pessoas por conveniência, de fingir ter certa opinião para não perder algo. De não ser eu mesma, de ser só mais um hipócrita no meio da multidão. De perder a minha essência. Mas eu não consigo. Não consigo dar dois beijinhos revirando os olhos. E não suporto quem o faz. É por isso que me congelei na solidão, o mundo está abarrotado de falsidade. Não quis fechar os olhos para o lado ruim das pessoas. Amadureci cedo demais. Enxerguei as coisas da vida primeiro. Aprendi nos erros dos meu pais. Refleti em excesso. Fiz amizades sempre com pessoas mais velhas que eu. Pessoas que viveram experiências e cometeram erros antes que eu o fizesse. E acabei não vivendo experiência alguma. Acabei errando tão pouco. Por já saber o que era errado. Agora fiquei com essa sede, sede de viver o que não vivi. Viver o que todos já viveram, o que todos contam aos risos quando aprenderam. Viver o que aprendi só ouvindo. O tempo me fez mudar de um jeito meio desagradável. Amadurecer demais em pouco tempo é devastador, dói um pouco. Uma dor interna que não pode jamais ser transmitida. É incompreensível para quem está do lado de fora.
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