sexta-feira, 16 de dezembro de 2011


“Já devastou tudo mesmo, então o que tem de mal em insistir mais um pouco, não é mesmo? Me machucar mais um pouco tentando lembrar você. O que tem de errado sonhar com você de vez em quando se já dói sempre? Ou que mal tem em pensar em você e ouvir aquela nossa música sonolenta antes de dormir? Não deve ter mal nenhum se já tem um buraco enorme dentro de mim. Não tem mal se já não tem mais espaço para machucar ou lágrimas para derramar. E se tem, são lágrimas tão profundas e tão sensatas que já estão acostumadas a cair.  Não faz mal se a única maneira de ter perto é em forma de saudade, de lembranças e de dor. Machuca, eu sei. Mas machuca mais tentar apagar de mim a única forma de lembrar que algum dia já te tive por perto.”

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