segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


Lá está ela, mas uma vez. A paisagem passa rápido, mais uma vez, e aqueles velhos pensamentos logo se perdem. Sabe que o mundo é pequeno demais pra suas lembranças e recordações. Não se importa, sabe que é assim. Como se durante todos os dias de sua vida, tivesse feito e desfeito as malas por alguém. Mas essa moça, essa moça só via alguém […] Ouvia seu próprio silêncio e decorava palavras que tinha medo de dizer, como “eu amo você”, mas no fundo, no fundo ela era apenas uma menina. Por ser assim, já sofreu centenas de vezes que eu sei. Tomou na cara, no coração e na alma. Mas ela supera, sempre supera, porque no fundo ela sabe que ela é forte, porque como dizem “só aprende depois que quebra a cara”. Mas pra ela, isso não é nada. Só um simples detalhe. Sabe disfarçar muito bem o que sente, com sorrisos e um café bem forte. Mas ela segue em frente, como sempre. Não por ser forte, pois a mesma sabe que é fraca o suficiente para entendê-la e conseguir voltar a ser o que era antes. É disso que ela tem medo: dar ré. Então, pisa firme, acelera e segue em frente toda vez que quer voltar. Pobre garota. Se acha dona da verdade quanto na verdade não sabe o que se passa com ela. Achava que quando crescesse seria alguma coisa que se orgulhasse. Quem diria. Que entre todas as coisas que poderia ser, essa jovem moça escolheu ser saudade. Porque no fim das contas, ela não queria ser assim.

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