domingo, 11 de dezembro de 2011

Solidão. Sinônimo de refúgio, costume, necessidade. Companheira aparente nos dias de extrema melancolia. O silêncio, às vezes, é mais sufocante que uma multidão inquieta. Solidão. Veneno doce da sociedade. Curiosa ironia é se sentir sozinho. É martírio e alívio, tristeza e felicidade, monotonia e aventura. A presença física se faz substituível quando o pensamento entra em cena. Não há melhor companhia do que eu mesma, nada me completa mais do que o meu próprio reflexo. Perfeitamente imperfeita, paradoxo ambulante. O isolamento me traz coragem pra enfrentar meus próprios demônios. Gostos e manias, qualidades e defeitos, cicatrizes cobertas pela indiferença dos olhos de quem não enxerga o coração. Apenas eu e minhas correntes. Quatro paredes que aprisionam sonhos solitários e uma mente doente. Sozinha, como sempre fui e nunca deixarei de ser. De fato, se acostumar com a solidão não é tão difícil quando nunca se teve alguém de verdade.

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