terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


“Eu sou um livro grosso que ninguém teve a disposição de ler ao menos até metade (…)” Estou dentro de uma parede invisível, difícil de ser ultrapassada, poucas pessoas conseguiram de fato quebrá-la para me encontrar verdadeiramente. Já me escondi e muito dentro do meu próprio mundo. Sem querer sair do mesmo a procura de novos horizonte, de um caminho diferente, de lugares aonde no meu mundo não existia ou estava completamente encontrável. Talvez tivesse medo do que estaria fora desse meu mundinho, pequeno e solitário, sombrio ás vezes, a saudade ecoava junto com fantasmas de minha solidão. Havia muita escuridão aonde eu persistia em continuar vivendo, afastada de tantas coisas belas, mas também de coisas que poderiam me matar aos poucos, até me destruír por dentro. Talvez pensava que existisse um monstro que assim que eu saisse do mesmo, ele me puxaria para o cemitério de sonhos, aonde certamente seria sugada e comigo levado meus sonhos mais felizes (…)Sabe aquela história de quem julga o livro pela capa? Todos esses são meros tolos. Quem julga o livro pela capa acaba perdendo uma grande história. Mas sempre tive medo do que me aguardava assim que eu saísse do meu mundinho… Tão pacato, já estava confortável nele havia muito tempo. Já sabia como funcionava, estava se tornando até entediante… Como quando o inverno fica e permanece… Escuro, molhado, frio, almejando por alguém que o esquenta-se e trouxesse algo para mim que me fizesse sorrir novamente. O problema é que sabe aquele livro grosso? É difícil você lê-lo. É restrito demais… Me cuido demais, mesmo sendo aberta a todos, poucos me lêem e me entendem. E em diferentes etapas de minha vida… Você pode ler a mesma frase e ter significado diferente. Me inovo a cada dia… Mas de certa forma permaneço a mesma. Só a estação muda lá fora.”

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