quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


Madrugada fria, escura e sombria. Já não conseguia mais fechar os olhos, coração apertado, sentia falta do que havia partido, mas ainda permanecia presente nas lembranças. As lágrimas insistiam em cair, e por mais que eu tentasse fazê-las parar, nada era capaz de cessá-las. As horas pareciam não passar, e a dor da saudade só aumentava sussurros, gemidos e lágrimas, permaneci assim por longas e duras horas. Sentada naquela velha poltrona, peguei a caixa onde guardava tudo o que dizia respeito a “nós”, e fiz o que era o certo  me desapeguei de tudo aquilo. Dentro da caixa coloquei toda dor e sofrimento que esse amor me causava. As lágrimas já não eram tão intensas e o coração partido que tanto sangrava e sofria havia petrificado. Enxugando as lágrimas que ainda desciam em meu rosto, levantei-me da velha e aconchegante poltrona decidida a esquecer de tudo aquilo. Fui até a praia, e sentei sobre a areia fria o mar chamava pelo meu nome e a vontade de me jogar e mergulhar naquela água agitada era grande. Levantei com a caixa nas mãos, caminhei até a beira onde o agito das águas era ainda mais intenso e joguei a caixa das lembranças. Sim, joguei. Mas havia um porém  eu havia jogado na esperança de que as ondas à trouxessem de volta, pois ao mesmo tempo que eu queria me desapegar, eu necessitava de tudo aquilo presente em minha vida. O tempo passou, e as ondas ainda tomam conta daquela caixa, e eu ainda permaneço aqui esperando ela voltar.

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