quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

“Mas ela é assim mesmo, vai estar amável em um dia, e no outro vai estar em plena amargura. Vai conseguir te fazer sorrir com uma simples palavra, mas depois vai te deixar mal com alguma atitude. Ela é feita de momentos. Tem dias que está amorosa, com palavras saindo da sua boca tão suavemente. Mas não se engane, em outros dias ela vai estar quieta, não vai falar nada por um dia todo. E ela não costumava amar. Tinha fechado o seu coração, é como se tivesse trancado, e jogado a chave lá fora, em seu jardim. Não se entregava a um amor na primeira conversa, mas sim, no olhar. Diziam ser a sua arma para conquistar alguém. E de fato, o seu olhar era diferente, dava pra ver a intensidade deles. Existia sinceridade naquele olhar. Costumavam dizer que o seus olhos a conseguiam entregar o que estava sentindo. Talvez, quem a notasse bem, iria ver o que escondia. Tinha dias de estar com raiva do mundo, de estar com raiva de tudo. Em outros dias, era carência pura. Sentia a necessidade de ser amada, e cuidada. Não era tão fria como todos diziam, ela era uma menina frágil também. Se machucava por qualquer palavra mal interpretada, isso a afetava. Muitas vezes, tinha que ser “durona’’ nas suas atitudes. Mas não se engane, dentro dessa menina, tem um coração. Defeitos, ela tinha vários. Talvez o pior deles seja amar a pessoa errada. Mas quando amava, sabia amar de verdade. Sabia se entregar por completo. Podia até ter um jeito estranho para amar, mas sabia sim, amar alguém. Só estava esperando o momento certo para destrancar o seu coração, e dar-lhe a chave a quem iria zelar por ele.’’

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