segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012


“Me desculpa. Sei que to falando tudo isso pela trigésima vez, que tu lê eu falando idiotices do tipo “eu te esqueci”, “ele nunca importou nada”, “agora sou uma menina diferente”, mas eu quero te dizer que não dá! Não, não funciona essa coisa de por uma música animada, dançar ou sair com umas amigas pra esquecer. Até funciona. Mas cinco minutos depois penso o quanto eu queria que soubesse que eu estou feliz. E fico triste. Não, meu amor. Não sou forte o bastante pra te esquecer, pra jogar tudo que tivemos no lixo. Entendi. Já entendi que quer que eu te esqueça pra ti ficar com a loirinha bonita da festa e eu não fique fervendo de raiva. Quer que eu esqueça pra parar de te escrever esses textos idiotas no meio da noite enquanto eu poderia estar dormindo. Mas é que comigo é diferente! Tu notou que eu era diferente desde a primeira vez que nos vimos! Eu disse que iria te amar pra sempre, não falei? Eu disse. E eu cumpro minhas promessas. Eu ainda te espero. Ainda. Sei muito bem que sou muito nova pra ficar fazendo tantas juras, mas é que te amo! Por ti eu iria até o fim do mundo, mas as pessoas desistem tão fácil de mim. Achei que contigo ia ser diferente. Eu acreditei em ti. Ainda pergunto pro fulaninho como tu anda, se dá pra notar algo diferente no teu olhar, e as coisas que tu disse. Ainda uso teu perfume. Leio e releio as cartas. Vejo as fotos. E choro, choro mesmo, não porque sou fraca, mas porque meu amor é muito forte! Pode perguntar até pra tia da esquina ,pro moço do bar, pra ciclaninha, pra aquela tua amiga, pra qualquer um. Todos notaram o que eu não sou a mesma, que meu olhar já tá mais triste que antes, que os fones de ouvido agora tocam uma música mais alta e mais lenta, que agora eu falo mais baixinho, que minhas mãos se movem devagarinho em busca das tuas, que eu caminho mais centrada, que agora falo de coisas mais sérias e que é complicado tirar um sorriso do meu rosto. Tu deve pensar “ah, um dia ela supera!” Mas não, meu querido. Não consigo por esse amor no lixo; ele é enorme. O que mais me entristece é ver como me esqueceu rápido, parece que fui um nada. Um nada gigante. Um alguém que nunca importou. Pode, pode rir! Sei que sou idiota por ficar correndo atrás de ti, mas tá complicado! Tá bem complicado de dizer não pra esse coração teimoso que insiste em te amar. Não consigo me conformar que um dia uma vadia qualquer vai entrar na tua vida e te fazer um cara super feliz e tu vai casar com ela, viver com ela muito mais do que a gente viveu. Não dá! Quem te ama sou eu! Ninguém nunca vai amar mais! Tu vai contar pros teus filhos (que deviam ser nossos) que a idiota da tua ex-namorada dos tempos de colégio te amava infinitamente e sempre corria atrás como nenhuma garota fez por algum garoto. Que ela te esperava quando não tinha chances. Que ela falava muita abobrinha pra te ter de volta. Ah meu amor, não tão mais meu; não ri. Não ri de mim. Até quem me vê na fila do pão ou na escada rolante do shopping sabe que te amo. Queria que eu fizesse alguma diferença pro teu coração. Eu sempre vou te amar, por toda a minha vida. Tu sempre vai ser único. Vem preencher meu vazio, vem. Me dá mais uma chance pra te amar direitinho. Volta pra mim! Eu te espero.” 

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