quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Quando éramos jovens, você me prometeu que quando chegasse à capital com sua banda, me faria uma música e ela se chamaria Sunshine, porque você dizia que eu era seu sol. Eu acabei me mudando e eu disse que iria te esperar.  Passaram-se dez anos. Hoje em dia eu tenho 28 anos e você deve ter uns 30. Voltei a nossa cidade, dirigindo pelas ruas que nós conhecíamos tão bem. Parei em frente a sua antiga casa, observei e revivi todos nossos momentos. Notei que a porta se abriu, saiu de lá você, desajeitado como sempre, derrubando os vasos que ali estavam. Sai do carro, fiquei parada e você olhou para mim, o tempo naquele instante parou, éramos apenas você e eu. Mas algo atrapalhou aquele momento, vi sair pela porta uma linda mulher e duas crianças. Senti a maior dor que um ser humano sofreu sem nem ao menos estar ferido, entrei correndo no carro, e dirigi para longe, chorando e pensando. “Realmente as pessoas não esperam por nós. E nós deveríamos fazer o mesmo.”

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