quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

‘‘Ela não é igual às outras, ela tem um ar de mistério, uma esquisitice em si, talvez seja no seu jeito de falar, de se expressar, ou na sua maneira de amar os outros, mas ela é diferente. Lia os seus romances, os seus livros de um final feliz, na esperança de um dia ter o seu. Sua cor preferida não era o rosa como de muitas, e não fazia tudo o que as garotas da sua idade faziam, ela gostava do mundo dela, de ficar nas suas fantasias de tudo um dia dar certo, ela gostava de ser diferente, odiava ser comparada com qualquer outra pessoa, ela teimava em não ser igual as outras, e de fato, ela era mesmo diferente. Está sempre disposta a ajudar todos, jogava a sua dor debaixo da sua cama, e ia em direção a quem precisava, dava a atenção que fosse preciso, mas não deixava de lado quem ela gostava. Tinha um refúgio para abrigar as pessoas que necessitavam dela, esquecia a sua dor e dava a atenção suficiente para todos aqueles que ela amava. Não gostava de ver as pessoas ao seu redor triste. Era doce, mas tinha uma dose de amargura, tinha um coração ingênuo, pronto para amar, mas como todas as garotas, ela era do tipo de garota que confiava fácil, se entregava por inteira e isso conseguia a machucar, ela dava carinho para quem precisava, sabia cuidar, e principalmente, ela sabia amar. Não tinha muita idade, não sabia muito bem como era o amor, o verdadeiro significado desse sentimento, mas de repente, ela se via amando, escutava músicas que a faziam chorar, gostava de ficar no seu canto e costumava se entregar por completo. Tinha a mania de esconder de todos, e de si mesma as suas dores, ela escondia tudo isso para não preocupar quem ela amava. Mas sempre estava sorrindo, e antigamente, o seu sorriso costumava sair de um modo espontâneo, não era apenas para enganar as pessoas que ela estava bem, mas depois de machucarem, amarrotarem o coração dela, ela nunca conseguiu mais ser a mesma de antes, mudou as suas expressões, o seu jeito de tratar as pessoas, começou a ficar desconfiada de todos a sua volta, não conseguia mais se entregar. Tornou-se tão desprotegida, estava tão indefesa, cabisbaixa, só estava precisando de atenção. O seu coração só estava cansado de tanto cuidar, e não receber cuidados.’’

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