quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Você passa a vida esperando a pessoa certa. Você passa vida vendo filmes, seriados, ouvindo músicas, todos superestimam o amor. E quando vê, a vida já começou, a pessoa não apareceu, e ainda assim, você se prende em fantasias. Se sente solitário, melancólico. Acha que é uma questão de tempo, acredita em frases clichês, acredita que o seu amor vai esbarrar em uma esquina, que você vai olhar para uma pessoa e sentir. Sentir aquilo. Mas a vida passa mais rápido do que você imagina. E você começa a ficar impaciente. Quer que a pessoa chegue logo. Então, começa a ver miragens. Ama por solidão, por carência. Obriga sua mente a pensar nessa pessoa, obriga seu coração a bater mais forte quando não tem nenhum motivo para isso. Mas ilusões se partem. E a dor de não amar é pior que a dor de amar e esse sentimento não ser reciproco. Que palavra clichê, aliás. Sentimento. Na vida nos somos distraídos com tanta coisa que sentir se tornou algo mecânico, racional. Você tem que amar para ser alguém. Mas quando você gosta de uma pessoa, você desiste. Quer sentir demais. Você esperou anos por uma comédia romântica na vida real que agora não aceita nada menos que isso. Não está preparado para admitir que amor, o amor não existe. E então você se cansa disso tudo. E começa a escrever textos assim. Falando mal de todos os apaixonados, esperando que alguém leia e queira demonstrar na prática que o amor existe. Que você só não encontrou a famosa pessoa certa. Como em todos os filmes. No fundo, você sabe que isso nunca vai acontecer. Mas realmente espera que aconteça, afinal, em filmes, a protagonista sempre teve que reencontrar seu amor em seu coração desesperançoso. Na vida real, ah na vida real, a protagonista leva uma vida banal. Comum. Uma rotina. E provavelmente vai se casar, ter filhos, se aposentar, ver a vida passar diante de seus olhos, mas nunca ser feliz.

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