sexta-feira, 25 de novembro de 2011


Um dia a gente vai sair por aí, você vai me dar um sorvete de casquinha, vai me observar enquanto eu tento não me lambusar toda com aquela porcaria que fica pingando. E você já sabia que eu seria desastrada para comer, ainda mais na tua frente, por isso que comprou. No meio da minha super tarefa de conseguir tomar um sorvete com classe, você vai me sujar com o seu. A gente vai sorrir um para o outro, desistir do sorvete e continuar nosso dia sem rumo. Vamos passar por uma loja de roupinhas de bebê e pensar nos nossos futuros filhos. A gente vai implicar porque eu quero uma roupinha e você, outra. No final, vamos levar as duas. Vamos encontrar um campo de futebol vazio e apostar corrida para ver quem chega primeiro do outro lado. Você vai me deixar ganhar só para me ver sorrir. Enquanto eu comemoro sozinha e você ri de mim, eu olho teu sorriso e me lembro do dia em que me apaixonei. Você estava exatamente assim, sorrindo. Depois de um tempo olhando a lagoa, você vai me chamar, não vai esperar com que eu me vire por completo e me surpreenderá com um beijo. Eu vou beijar. Parar. Olhar nos teus olhos. Sorrir tímida. E continuar o beijo. Eu vou te morder, porque eu amo fazer isso. A gente vai sair pela praça, de mãos dadas, em direção ao cinema. ‘Que filme, amor?’, eu vou perguntar. ‘Não vou prestar atenção no filme, pode escolher’, você vai responder. A gente desiste do cinema, ia ser gastar dinheiro para não ver filme algum. Resolvemos ir ao teu apartamento. Você me deixa sete minutos esperando do lado de fora enquanto arruma a bagunça. Sento no teu sofá, tiro meu all star e apoio minha cabeça no teu ombro. Você me abraça, me beija e começa a sussurar todos os meus apelidos. Eu fecho os olhos e viajo nos meus pensamentos. Não quero sair daqui nunca mais.

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