quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012


Mas eu havia lhe contado moço, nada é como a gente espera, sente-se e lhe contarei uma história de uma menina que sonhava demais e tinha feito amizade absoluta com a esperança. Como há de se esperar tudo começaria com “Era uma vez em um reino distante” Mas não há de ser nada disso, não lhe inventaria contos imaginários, são relatos de simples fatos que presenciei. No auge de sua mocidade, Ana sustentara teus sonhos mais ingênuos que levou anos a construí-los, todas as noites fazia a mesma prece a Deus e ao se deitar ficava a imaginar, ela tão plebeia em uma vida medíocre desfrutando de pequenos sonhos que um dia ousou em ter. A cama não servia apenas para um livre descanso para o corpo cansado e atordoado de serviços, era mais do que isso, o colchão a envolvia e aspergia magia, embalava o sono da menina e servia de portal encantado, transfigurava-se da realidade amargurada para uma cheia de belezas e árvores formosas, o mundo lhe permitia fazer o que bem quer, ser o que quisesse, corria pelo mar de rosas, deitava, suspirava, sonhava… Até que acordou. Ah ela acordou daquele mundo dos sonhos, repleto de magia e felicidade. Olhou ao seu redor aquele caos todo de um mundo movimentado. Tentava adormecer novamente, mas suas tentativas eram em vão. É moça dos olhos verdes esmeraldas acho que agora terás que encarar a realidade, a amarga vida que lhe espera lá fora. Tomara que não te machuques muito, pois é tão bela essa doçura transpirando ao seu redor, esse ar de moça ingênua, frágil e sonhadora. Mas agora terás que infelizmente deixar tudo isso para trás pois se quiser sobreviver neste mundo cheio de armadilhas te aconselho a se tornar amarga, fria, e atenta a tudo que acontece ao seu redor. E proteja em primeiro lugar seu inocente coração, que não merece nenhuma decepção. É isso moço uma história verdadeira. Perdoe-me rapaz a minha indelicadeza, me chamo Ana, é um prazer. 

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