quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

”Sabe aquela minha bio em minha rede social? Esquece. Não sou nada daquilo. Ou talvez eu até seja, mas não completamente. Têm certas coisas em mim que eu não compreendo, então jamais falo sobre eles, pois não explicar. Acha mesmo que eu vou me descrever por completa em algumas linhas numa rede social? Está muito enganado. Nem que eu escreva em um papel, trezentas mil linhas de palavras a descrever-me, não serei capaz. Eu sou complexa demais, estranha demais para ser traduzida por palavras. Acho que somente convivendo comigo saberás como realmente sou. E como sou estranha! Sabe, não sou dessas garotas comuns que você vê em cada esquina dobrada. Sou peça rara num museu. Sou daquelas que você poderá encontrar a procura de um livro bom numa livraria ou no cinema, sozinha, a procura de um bom filme.  Não, eu não vou te passar meu número quando me pedir na balada. Afinal, eu nem vou estar numa balada. Não sou garota de ir à tais lugares. Não saio muito. Sou tão complexa, que a complexidade me impede de sair desse círculo gigante o qual defino de meu mundo. Fico tão cega por ele, que penso que somente ele existe. Me sinto bem sendo a única a habitá-lo, esqueço as outras coisas, as outras pessoas. Às vezes, esqueço até de mim e de como sou diferente do que escrevo e do que falo.

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