sexta-feira, 25 de novembro de 2011


“— Ê essa frieza toda, pequena?
— Não sei, Zé. -entristeceu.
— Como não sabe? Estás tão fria.
— Foi a vida que me tornou assim.
— Acho que não.
— Porque, Zé?
— Porque a vida não faz as pessoas se tornarem tão frias, assim.
— Então o que me tornou deste jeito, Zé? -triste.
— As pessoas, pequena.
— É. Pode ser.
— Tenho certeza que sim.
— Por isso estou com medo, Zé.
— De que?
— De me aproximar a alguém.
— Mas, porque, pequena?
— Porque as pessoas se aproximam de mim, e me machucam depois.
— Deve ser por isso que se tornou tão fria assim.
— Acho que sim… E o meu coração dói tanto, Zé. -cabisbaixa.
— Sabe o que você faz para o seu coração parar de doer tanto assim?
— O quê? -olhos atentos.
— Apenas guarde ele pra alguém que vai saber cuidar do seu coraçãozinho, pequena.”


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