quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


Meu coração tão sonhador me levou a compor mais uma canção pra ti. Não que apenas linhas de uma música pudessem expressar toda essa minha saudade, mas aliviam um pouco quando aqueles acordes tão leves começam a se comporem sozinhos no violão. Minha mãos são guiadas, e mesmo que não soubesse tocar instrumento algum, o som das batidas do meu coração me guiariam mais uma vez ao teu colo que tanto imagino nas noites frias em que sinto sua falta. Quando finalmente num surto de despero as primeiras cordas mais grossas são tocadas sinto como se minha missão de tentar te trazer de volta estivesse sendo cumprida. Minha cabeça é um ciclo vicioso que nem eu mesma consigo me livrar. Ela traz de volta o bom, e num piscar de olhos o leva embora como se nunca tivesse existido. Por isso me ponho a escrever versos mais malucos do que ela, quem sabe assim não alivia-se um pouco? Minhas mãos suadas e trêmulas não aguentaram, e eu senti a primeira lágrima escorrendo. Dói tanto esse teu vai e vem dentro de mim, entendes? Tem dias que nem apareces, porém há dias em que permaneces e dá sinais de permanência fixa. Mais uma ilusão, como sempre. Aí me ponho a escrever sobre isso. A falta, a permanência incerta, a saudade, o (des)amor, o eu, o você, o nós que logo se fez singular. Todos os dias é assim… a minha canção está incompleta, está feito versos mudos a espera de uma continuidade que talvez nem chegue. Um dia completareia, não dizendo que ainda te espero, e sim que um outro alguém completou-a com calmaria, acalmando todo esse meu jeito tempestuoso.

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