segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012


“Ei, garoto, eu te amei. Te amei muito mesmo. E continuei te amando mesmo depois que você derrubou ketchup na minha blusa favorita e atrasou mais de uma hora para o nosso primeiro encontro. Te amei com aquele corte mal feito e te amei de novo quando você me convidou para sair umas dez vezes até eu aceitar. Te amei mesmo quando você pisou no meu pé umas dez vezes no mínimo na festa de formatura e quando olhou para outra menina na rua. Te amei de novo, de tão lindo, de tão meu. Te amei mais ainda quando você tentou me impressionar e só conseguiu se atrapalhar e te amei de novo quando você apareceu na janela do meu quarto pedindo para entrar. E te amei mais uma vez quando você soltou aquele seu sorriso que ilumina uma cidade, um estado, um país ou um planeta me fazendo sentir perdida. Eu te amei pelo seu sorriso, pelos seus erros e pelas suas manias que acabaram se tornando minhas também. E te amei novamente. Te amei mesmo depois de tudo garoto, depois de todas as feridas e machucados. Te amei mesmo quando você foi embora ou me pediu para sair da tua vida, e te amei de novo. Te amei quando você tentava me irritar com aquela sua voz rouca no meu ouvido e quando você não parava de falar sobre aquela garota nova da escola. Eu te amei do jeito mais puro que alguém pode amar outra pessoa. Te amei de novo e em dobro. Te amei mesmo quando você ferrou com a minha vida inteirinha e me fez passar vergonha na frente dos meus pais. Te amei novamente pela forma como você virou a minha vida de cabeça para baixo. Mas não devia te amar. É, não devia. Você virou minha vida de cabeça para baixo como se ela fosse uma montanha-russa quebrada. Prometi para mim mesma que não te amaria mais, que nunca mais te encararia por mais de 20 segundos. Prometi que não amaria mais suas roupas, seus gostos, seu cheiro. Que não amaria você. Mas olha só: daí você sorriu com aquele seu sorriso tão meu, e sabe o que aconteceu? Eu me senti perdida, de novo. Mas que babaca que eu sou. Te amei novamente. De tão lindo, de tão idiota, de tão carinhoso. De tão meu.”

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