quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012


"Quero meu amor pra rir comigo, pra bagunçar meu cabelo, pra me indicar músicas chatas, pra conversar sobre besteira. Quero meu amor, pra ficar comigo um tempo (O tempo todo), pra me fazer rir das maiores bobagens, pra dizer que me ama de instante em instante, pra me fazer cócegas até que eu perca o fôlego, pra beijar minha testa de mansinho indicando que me protege. Quero parar e olhar pra você, ver teu cabelo desarrumado, teu tamanho demasiado e ouvir tua riso exagerado. Quero que você dê risada quando eu escorregar. Quero te chamar por apelidos carinhosos, quero te ter todo domingo de manhã, e toda segunda também. Quero ouvir tuas piadas sem graça, tuas histórias mal contadas. Quero sofrer num final de semana que a gente passou distante, quero te encontrar no mercado por acaso, ou que você me encontre, quando eu estiver bem estressada, na fila de um banco. Quero assistir um filme dramático de tarde, deitada no teu colo, e cochilar diante do tédio que retrata a história. Quero acordar com beijinhos e mordidas. Bem de leve. Do jeito que só você sabe fazer. Quero fazer alguma coisa significante e dedicar a você. Quero andar de mãos dadas, abraçados. Quero palpitações aceleradas quando você falar comigo. Quero um filho da puta pra chamar de meu (Que seja você, que seja você, que seja você). Quero um amor aconchegante. Feito dormir ouvindo os pingos de uma chuva forte. Feito dormir até as três da tarde. Mas que clichê, não? E é clichê sim, daqueles que você prevê o final só de ver um cara e uma guria brigando no início do filme. Eles vão se juntar por algum motivo inevitável, vão conhecer mais um do outro e pronto. Sem mais. E tem filhos juntos. E vivem felizes. E tomam café toda noite, esquentam a cabeça com as contas que não podem pagar. E dão tudo pra filha mais nova. E que brigam a todo momento. E que reatam mais rápido do que brigam. E que choram escrevendo um texto. Um texto tipo esse. Um texto de linguagem chula, com pontos finais em toda parte, sem postura alguma, sem sentido. Mas que tem sentimento. Que joga sentimento pra todo lado. Que descarrega, tira um peso das costas, que faz passar a vontade de gritar que te amo incondicionalmente (Eu te amo idiota, te amo!). Que tem um significado único. Entre duas pessoas. Mas que destas duas pessoas, só uma sente (Eu)."

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